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sábado, 3 de fevereiro de 2018

O que é Tomada de Decisão ?

tomada de decisãoA Tomada de Decisão é parte do trabalho de todo administrador. Se refere ao momento de escolha entre alternativas ou possibilidades através de uma sequência de etapas. Esse processo se inicia com a identificação de um problema ou oportunidade e termina com a execução de determinada escolha, a qual por sua vez gera uma nova situação que pode ou não demandar outras decisões.
Ainda que você pense que a Tomada de Decisão está restrita ao mundo corporativo e que seu estudo é aplicado somente por executivos de grandes empresas, saiba que em nosso cotidiano tomamos decisões a todo momento. Temos que decidir o que iremos comprar (e se temos dinheiro para tal), qual caminho iremos tomar para ir em determinado lugar, como executaremos determinada tarefa em nosso trabalho, etc.

Tipos de Decisões

Decisões Programadas : São aquelas que foram tomadas anteriormente e que são resultado de problemas já resolvidos. Nesse caso basta apenas aplicar um curso de ação predefinido para finalizá-la. Tem a vantagem de economizar tempo e energia intelectual dos gerentes.
Decisões Não Programadas : Ao contrário das anteriores, são preparadas para resolver problemas que estão sendo enfrentados pela primeira vez. Admitem diferentes formas específicas de resolução, cada uma com suas vantagens e desvantagens e precisam de todo um processo de análises sucessivas, desde o entendimento do problema até a execução.

Processo de Tomada de Decisão

O processo de tomada de decisão é uma sequência de atividades interligadas que apresenta cinco fases principais:
  • 1ª – Identificação do problema
  • 2ª – Diagnóstico
  • 3ª – Criação de alternativas
  • 4ª – Escolha
  • 5ª – Avaliação

1ª – Identificação do Problema

Tudo começa com uma situação de insatisfação, problema ou desafio. Nesse momento percebe-se a ocorrência de dois tipos diferentes de condições: uma é a frustração de um momento indesejável que deve ser corrigido, a outra é percepção de uma oportunidade que pode ser aproveitada. É quando resolvemos que é necessário tomar uma decisão à respeito.

2ª – Diagnóstico

Consiste no entendimento do problema ou oportunidade e na subsequente identificação das causas e consequências. É uma etapa que demanda um pouco mais de trabalho e que é de extrema importância para o processo, uma vez que sem o correto diagnóstico pode-se incorrer em graves erros futuros.
Nesse caso podemos aplicar 2 métodos:
Diagrama de IshikawaÉ um gráfico que tem por finalidade organizar o raciocínio e a discussão sobre as causas de um problema, que nesse caso é o efeito de uma situação indesejada. Faz-se um levantamento da situação da ocorrência, estuda-se os dados e consultam-se as pessoas relacionadas às causas desse efeito. Cada uma delas é classificada de acordo com as categorias das linhas inclinadas do diagrama.

diagrama de ishikawa

Princípio de Pareto : É uma técnica que permite selecionar as prioridades quando se tem um grande número de problemas e deseja-se determinar quais são as causas mais críticas. Usa-se a ideia de proporção de 80-20, onde a maior quantidade de efeitos depende de uma quantidade pequena de causas. Podemos nos perguntar quantas vezes uma causa ocorre e em seguida classificá-la como muito significante ou pouco significante.

3ª – Criação de Alternativas

Quando se define o problema e as causas o passo seguinte é a geração de alternativas que possam solucionar esse problemas. O processo de resolução acaba se tornando um processo de geração de ideias.
Brainstorming : O brainstorming se baseia em princípios como suspensão de julgamento e reação em cadeia. As ideias devem ser geradas sem nenhum tipo de crítica e podem ser associadas entre si. Quando já há um número suficiente, o processo é interrompido e as ideias são agrupadas em categoria, para serem avaliadas logo em seguida.
BrainwritingÉ uma variação do método anterior. Cada participante anota suas ideias em uma folha de papel que pode ser compartilhada com todos. As pessoas podem ler as ideias dos outros e podem criar outras. A troca prossegue até o esgotamento de ideias. Em seguida, são analisadas uma a uma, ponderando suas vantagens e desvantagens.

4ª – Escolha

A escolha depende de avaliação e julgamento de alternativas. O pensamento crítico é fundamental para a decisão nesse processo e cinco técnicas podem ser usadas para organizá-lo:
Análise de vantagens e desvantagens : Podem ser avaliadas por meio de informações que permitem uma diferenciação entre os pontos positivos e negativos de cada alternativa. Essa é a forma mais simples de avaliar possibilidades de uma decisão.
Árvore de decisões : É uma técnica de representação gráfica de alternativas. As mesmas são identificadas e mostradas como ramos de uma árvore. É útil como auxílio para visualização das possibilidades para a pessoa responsável pela tomada de decisões.

tomada de decisão arvore de decisões

Análise do campo de forças : É um conceito desenvolvido por Kurt Lewin, psicólogo alemão, onde ele explica que qualquer comportamento é o resultado de um equilíbrio entre forças que se opõem: de um lado forças restritivas, e do outro, as forças propulsoras. As forças restritivas são as que inibem o comportamento, enquanto as propulsoras o estimulam.
Ponderação de critérios : A avaliação sempre é feita usando-se critérios, implícitos ou explícitos. Um critério é um indicador de importância, que pondera as alternativas e as coloca em ordem. O processo de escolher torna-se mais objetivo quando as alternativas tem certos valores, como, desempenho de um Modelo A valendo 8 e desempenho de um modelo B valendo 10.
Análise do Ponto de Equilíbrio : Essa análise permite identificar o volume de operações em que as receitas são equivalentes aos custos totais. Para isso, usa-se a equação :
Custo Total = Custo Fixo + Custo Variável , ou , CT = CF + CV
Sua finalidade é gerar informações sobre os diferentes caminhos que os administradores podem seguir no processo de tomada de decisão em que os custos e as receitas são variáveis em jogo.

5ª – Avaliação

Esse passo sucede a tomada de decisão tanto em ordem de tempo quanto em importância. Nesse momento, analisa-se a decisão em si e se ela foi a mais apropriada para resolver um problema ou explorar uma oportunidade. Essa avaliação reinicia o ciclo do processo de resolver problemas e pode gerar, inclusive, outras decisões.

Conclusão

Na tomada de decisão também podemos adotar uma combinação de racionalidade e intuição para ajudar no processo decisório. Quanto maior a base de informações, mais racional é o processo. Quanto maiores as opiniões e sentimentos, mais intuitivo ele se torna. A proporção exata e a escolha da alternativa correta é responsabilidade da pessoa do administrador. Ele quem deverá analisar todas as opções e executar aquela que melhor se aplica ao contexto do problema ou da oportunidade a ser explorada.


Vídeo criado por Insperiência

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